Arezoo Samadi, Razieh Salehian, Danial Kiani e Atefeh Ghanbari Jolfaei
Enquadramento: A dor lombar é uma perturbação comum com elevada incapacidade na saúde física e mental. A prevalência
de dor lombar é de cerca de 84% e em casos crónicos (mais de 3 meses) é de cerca de 23%. Para tratamento farmacológico,
não farmacológico e cirúrgico são comuns. Neste estudo queremos pesquisar a eficácia da Duloxetina na dor e
na qualidade de vida em doentes com dor lombar crónica que tiveram fixação espinal posterior.
Métodos: Neste ensaio randomizado, controlado por placebo, realizado aos 6 meses,
foram selecionados 50 doentes que apresentavam DLC e eram candidatos a cirurgia de PSF e divididos em 2 grupos (medicamento e placebo).
Resultados: Foram evidenciadas diferenças significativas entre os grupos para a Escala Visual Analógica (P= 0,005) e Escala Verbal Analógica
(p=0,003). Os doentes do grupo Duloxetina apresentam uma pontuação de dor visual e verbal mais elevada do que o grupo placebo.
Na qualidade de vida, houve uma diferença significativa entre os dois grupos antes da intervenção. A análise dos dados mostrou que
houve uma diferença significativa entre a pré e a pós-intervenção na Escala de Avaliação da Ansiedade de Hamilton apenas no
grupo da duloxetina.
Além disso, em termos de qualidade de vida, as subescalas “papel físico”, “papel emocional”, “dor física” e “score total de qualidade de
vida” nos grupos duloxetina e placebo foram significativamente diferentes entre a pré e a pós-intervenção.
Discussão: Os resultados deste estudo sugerem que o uso de duloxetina em doentes submetidos a cirurgia da coluna vertebral pode ajudar no melhor
controlo da dor nas costas, por outro lado, pode causar melhores condições psicológicas que afetam a qualidade de vida.