Peyman Hashemian e Pezhman Hashemian
Enquadramento e Objetivo: Devido à importância do tratamento das perturbações de aprendizagem, este estudo foi realizado para avaliar o tratamento da perturbação matemática como uma das dificuldades de aprendizagem através do neurofeedback.
Método: Neste estudo, 28 crianças do terceiro ano do ensino básico foram selecionadas através de entrevista psiquiátrica, histórico académico e resultado de teste de matemática do terceiro ano. Um grupo (N=14) recebeu tratamento de neurofeedback e no outro grupo (N=14) foi realizado tratamento de neurofeedback não real (simulação ou placebo). O tratamento com neurofeedback foi realizado com base no aumento da relação beta/teta na região CZ. Cada criança recebeu 20 sessões de terapia de neurofeedback durante 10 a 12 semanas. Cada sessão teve a duração de 30 minutos. O teste de matemática foi realizado três vezes: antes do tratamento de neurofeedback, após a 20ª sessão e após um ano de seguimento.
Resultados: Os dois grupos foram emparelhados quanto à idade, escolaridade, sexo e grau de inteligência e gravidade da perturbação matemática. A comparação entre os grupos real e simulado mostrou que o efeito da terapia de neurofeedback real foi significativo versus o grupo simulado (P<0,05). Foi observado um aumento significativo nos resultados consecutivos de matemática no grupo experimental em comparação com o grupo simulado (P<0,01). A tendência da diferença foi linear (P<0,05). A diferença entre o pré-teste e o pós-teste foi significativa apenas no sexo masculino e não significativa no sexo feminino.
Conclusão: No grupo com terapia de neurofeedback real, o desempenho em matemática melhorou significativamente. Este efeito de neurofeedback foi também observado após um ano de seguimento (P<0,01). Na avaliação separada entre rapazes e raparigas, o efeito significativo foi observado apenas nos rapazes.