Karamchand Bramdeo
Enunciado do problema: O milho (Zea mays L.), é uma importante cultura de cereais na Hungria, cultivada em aproximadamente um milhão de hectares. Para além de ser uma excelente fonte de ração, o milho é também uma fonte barata de energia e matéria-prima para a indústria. A produção anual na última década variou entre 4,8 a 9,3 milhões de toneladas, com uma flutuação significativa do rendimento. A optimização e sustentação do rendimento exige uma harmonização adequada dos factores agroecológicos, biológicos e agrotécnicos. Esta investigação visa, assim, identificar a melhor combinação de sistemas de mobilização do solo e de dosagem de fertilizantes que irão otimizar o rendimento dos híbridos de milho.
O efeito de três sistemas de mobilização (aragem de aiveca-MT, mobilização em faixa-ST, mobilização em ripado-RT) e de três níveis de tratamentos com fertilizantes (N0 kg ha-1, N80 kg ha-1, N160 kg ha- 1) na produtividade de híbridos de milho (Armagnac-FAO 490 & Loupiac-FAO 380) foram avaliados durante um período de dois anos (2015-2016). Os resultados revelaram que o RT produziu o maior rendimento de 10,37 t ha-1, seguido do MT e do ST com 10,22 e 9,60 t ha-1 respetivamente. Não se verificou diferença significativa (p>0,05) na produtividade entre os tratamentos RT e MT. No entanto, tanto o TR como o MT foram estatisticamente significativos (p<0,05) quando comparados com o tratamento ST. Em 2015, um ano relativamente seco, o rendimento do ST esteve quase ao mesmo nível do MT e do RT. Evidenciou-se uma interacção positiva entre a mobilização e a fertilização, com maior variação de produtividade (CV=40,07) nas parcelas sem fertilização (N0), comparativamente às que receberam os tratamentos N80 e N160 kg ha-1 (CV=22,42 ).
A aplicação de fertilizantes aumentou muito o rendimento do milho e foi responsável por 43% das variações de rendimento. A maior produtividade (11,88 t ha-1) foi obtida com o tratamento N160 kg ha-1, seguido do N80 kg ha-1 (10,83 t ha-1), enquanto a menor produtividade (7,48 t ha -1) registou-se no tratamento parcelas não fertilizadas (N0 kg ha-1). A interação ano-safra foi altamente significativa, com uma grande variação na produtividade entre os dois anos, variando entre 8,36 t ha-1 em 2015 e 12,43 t ha-1 em 2016 para o mesmo conjunto de inputs agrotécnicos.
Em 2016, obteve-se um maior rendimento com o aumento da dosagem de fertilizantes devido às condições favoráveis de cultivo que permitiram um melhor aproveitamento dos fertilizantes.
No entanto, sendo 2015 um ano agrícola relativamente seco, não se verificou qualquer efeito de aumento do rendimento com doses mais elevadas de fertilizante (N160 kg ha-1).
O FAO 380 foi o que apresentou melhor desempenho entre os dois híbridos, com uma produtividade de 11,09 t ha-1 face ao FAO 490 com 10,60 t ha-1.
Existe uma correlação positiva entre a dosagem de fertilizantes e o abastecimento de água. Uma dosagem mais baixa de fertilizante produziu resultados óptimos no ano mais seco com um fornecimento de água limitado. A lavoura com escarificador e a lavoura em faixa podem ser alternativas adequadas à lavoura convencional com aivecas, especialmente em condições mais secas.