Gabriella MP Juanito,Carol S Morsch,César A Benfatti,Márcio C Fredel,Ricardo S Magini,Júlio CM Souza*
O uso de enxaguatórios bucais e géis dentais contendo fluoretos aumentou nos últimos anos, assim como os agentes de clareamento dental. No entanto, tais agentes podem estar em contato com superfícies de sistemas restauradores, protéticos e de implantes dentários em alta concentração na cavidade oral. Isso pode afetar adversamente a resistência à corrosão do titânio e suas ligas. O objetivo desta revisão foi resumir os dados atuais sobre a influência do flúor e agentes de clareamento na degradação de superfícies de titânio e ligas de Ti6Al4V. Livros, capítulos e artigos de texto completo foram identificados no Medline e buscas manuais aplicando os seguintes itens de busca: ?titânio e fluoretos?; ?titânio e peróxido de hidrogênio?; ?titânio e liberação de íons?; e ?titânio e degradação?. Trinta e oito estudos de um rendimento inicial de 180 estudos foram selecionados. Os resultados indicaram que substâncias terapêuticas usadas na prática odontológica, como fluoreto, hidrogênio e peróxidos de carbamida, estão relacionadas a processos de corrosão e desgaste de estruturas baseadas em titânio. Consequentemente, processos corrosivos que ocorrem no titânio levam à liberação de íons e partículas de desgaste para tecidos e órgãos peri-implantares circundantes. No entanto, a relação entre liberação de íons e reações inflamatórias em tecidos humanos ainda não está clara.