Renato Andreotti, Marcos Valerio Garcia, Jaqueline Matias, Jacqueline Cavalcante Barros, Georgia Mode Magalhães, Francisca de Assis Ardson e Andre Rangel de Abreu Aguirre
Perdas econômicas consideráveis são atualmente causadas pelo Rhipicephalus microplus, um ectoparasita bovino que ocorre em áreas tropicais e subtropicais. Esforços significativos para controlar esse carrapato são feitos na maioria dos países produtores de bovinos, principalmente com acaricidas. O controle químico, embora predominante, tem sido dificultado pela má utilização dos princípios ativos, levando ao desenvolvimento de resistência. Este trabalho tem como objetivo avaliar a atividade do diflubenzuron como larvicida no controle do carrapato bovino em condições de campo. Foram utilizadas 30 fêmeas da raça 3/4 Holandês x ¼ Zebu, metade para cada grupo durante um ano, o grupo controle e o grupo tratado com diflubenzuron 3%, que foi fornecido com o sal no cocho, disponível para todos os animais ao longo do dia. Os animais foram manejados a cada 14 dias para contagem de carrapatos, verificação de peso e observação do seu bem-estar. Os animais com mais de 100 carrapatos ingurgitados foram tratados por pulverização (DDVP – Diclorvós, 60 gramas, Clorpirifós, 20 gramas, e solução, 20 gramas). Com base na biologia e histologia do carrapato, o Diflubenzuron 3% não afetou o desenvolvimento dos carrapatos que sobreviveram à fase parasitária. O efeito é somente nas larvas do carrapato e a eficácia é de cerca de 54, 6% de proteção usando Diflubenzuron 3% no sal. O uso de acaricidas quando associado ao diflubenzuron 3% reduz em 71% o uso desses acaricidas e o custo do acaricida em aspersão representa quando comparado ao diflubenzuron 3% apenas 7,9%. O uso do diflubenzuron 3% associado ao controle químico é uma proposta eficaz para o controle do carrapato bovino com baixa contaminação que deve ser pensada pela cadeia produtiva seu custo/benefício levando em consideração as questões econômicas e ambientais.