Diane Phimister e Annette Dix
O número de estudantes do primeiro ano que chegam à universidade e
reportam um problema de saúde mental é agora cinco vezes superior ao de há
10 anos. Triplicou também o número de
estudantes que abandonaram a universidade com problemas de saúde mental
(Bewick e Stallman 2018). Além disso, existem
preocupações crescentes sobre a saúde mental e o bem-estar do
pessoal académico, com alguns estudos a citarem até 55% dos académicos
que apresentam sintomas, incluindo depressão,
problemas de sono e deficiência cognitiva (Grove 2018). É preocupante que
o número de mortes por suicídio entre os estudantes do Reino Unido tenha também
aumentado 56% entre 2007 e 2016. No período de 12 meses
que terminou em Julho de 2017, o Gabinete de Estatísticas Nacionais (ONS)
registou 95 suicídios de estudantes, estando os estudantes agora em maior
risco.
O pessoal universitário está em melhor posição para apoiar
os estudantes que enfrentam problemas de saúde mental e, por isso, precisa
de estar adequadamente equipado para lhes dar uma resposta eficaz
(McAllister et al. 2014).
Na Coventry University reconhecemos os desafios que tanto
os funcionários como os estudantes enfrentam na gestão do bem-estar e
da saúde mental e o impacto que isso teve no indivíduo. A nossa
aspiração, portanto, é trabalhar em conjunto para desenvolver uma cultura na
qual nos concentremos nos pontos fortes das pessoas, ofereçamos
apoio eficaz e acessível e facilitemos a integração e incorporação
do bem-estar mental dos funcionários e dos alunos em toda a instituição. Para
adoptar uma abordagem sustentada e ponderada a esta questão,
desenvolvemos uma estratégia de saúde mental que sustenta todo
o nosso trabalho nesta área. O desenvolvimento da estratégia teve
alguns destaques significativos e também alguns
pontos fracos igualmente significativos. Este documento irá partilhar a aprendizagem desta actividade e
proporcionar uma plataforma para que outras instituições comecem a construir a sua
própria estratégia.