Ahmed Shahzad
A demonstração financeira conta-nos uma história, sobre o quanto podemos confiar nela. Esta questão representa a qualidade dos ganhos, abrange duas coisas: uma é a gestão de resultados e a segunda é a manipulação de resultados. O objetivo deste estudo é medir a qualidade dos ganhos nos países BRIC; as empresas até que ponto representam as demonstrações financeiras são dignas de confiança para os seus stakeholders. Neste estudo, os accruals discricionários são utilizados como proxy da manipulação de resultados e os accruals não discricionários servem como proxy da gestão de resultados. A recolha de dados é retirada dos relatórios anuais das empresas dos países BRIC. O modelo de Jones modificado (transversal) é aplicado para estimar a gestão e a manipulação dos resultados para cada país. O autor encontra fortes evidências sobre o envolvimento dos países BRIC na gestão e manipulação de resultados. No caso da Rússia, o modelo não conseguiu detetar a manipulação significativa dos lucros; uma razão por detrás deste problema é que a recolha de dados das empresas russas é muito limitada e não segue o IASB ou os GAAP, mas sim os GAAP do próprio país. Esta pesquisa seria útil para o auditor, o utilizador das demonstrações financeiras e dos organismos de normalização contabilística, como as IASB ou as GAAPs, para que reduzissem o papel das acumulações discricionárias. Os autores estendem o modelo de Jones anteriormente modificado e aplicam-no aos países BRIC. Os autores estendem também trabalhos anteriores determinando as características das empresas que gerem os seus resultados.