Yang JY, Liu Y, Yu P, Lu Y, Hutcheson JM, Lau VW, Li X, Dove CR, Stice SL e West FD
Enquadramento: A reprogramação de células somáticas de porco em células estaminais pluripotentes induzidas (iPSCs) tem aplicações promissoras em biologia básica, desenvolvimento de modelos de doença e xenotransplante. No ratinho, a tecnologia de células estaminais embrionárias (ESC) revolucionou o campo, permitindo o direcionamento genético, estratégias de triagem complexas e a criação de animais que apresentam características únicas de interesse. Avanços recentes utilizando a tecnologia de células estaminais pluripotentes induzidas em suínos tornaram possível a produção de células estaminais pluripotentes de suínos que se assemelham a CES de ratinhos competentes quiméricos de linha germinativa. No entanto, ainda não foi desenvolvido um sistema de cultura ideal para a expansão do piPSC. A maioria dos relatórios manteve piPSCs em sistemas indefinidos que utilizam xenoprodutos e camadas alimentadoras, que são potenciais fontes de contaminação. Métodos: Neste estudo, novas estirpes de iPSCs de porco (piPSC) foram geradas a partir de células de fibroblastos de porco através da sobreexpressão de seis genes de reprogramação: POU5F1, SOX2, NANOG, LIN28, KLF4 e C-MYC. Estas novas linhas foram testadas quanto à sua capacidade de serem mantidas num substrato Matrigel no sistema 2i + LIF de ratinho estabelecido, no sistema mTeSR1 humano e variações de um sistema de meio condicionado por alimentador. A análise e identificação das piPSCs foram realizadas através de imunocitoquímica, citometria de fluxo e examinando a formação e diferenciação dos corpos embrionários. Resultados: As piPSCs recém-geradas apresentaram características morfológicas, imunorreatividade e reativação de redes de pluripotência endógena consistentes com iPSCs. À semelhança das células cultivadas em alimentadores, os piPSCs mantidos em todas as 7 condições livres de alimentador expressaram POU5F1 e NANOG, SSEA-1, SSEA-4 e TRA1-81. No entanto, a citometria de fluxo demonstrou que os piPSCs cultivados em meio condicionado de alimentação com KnockOut Serum Replacement e fator básico de crescimento de fibroblastos (FGF2) apresentaram níveis significativamente mais elevados de expressão de SSEA1 e SSEA4 do que as células cultivadas num sistema 2i +LIF ou mTeSR1. Conclusão: Estes resultados demonstram que os piPSCs podem ser mantidos em sistemas definidos sem soro e contacto direto com o alimentador, aumentando a sua potencial utilização nos campos agrícola e biomédico.