Jennifer B Cowart, Jeffrey T Bates e Addison A Taylor
A estratificação de risco cardiovascular (CV) pré-operatório e o gerenciamento de comorbidades médicas passaram por grandes mudanças nas últimas duas décadas. Duas novas ferramentas de estratificação de risco foram desenvolvidas e validadas para complementar o Revised Cardiac Risk Index (RCRI) implementado originalmente em 1999. Como essas ferramentas ainda não foram comparadas, as diretrizes mais recentes apenas recomendam que uma dessas ferramentas validadas seja usada ao estratificar o risco de pacientes no pré-operatório. As diretrizes mais recentes para o gerenciamento médico perioperatório de pacientes submetidos a cirurgia não cardíaca deram menos ênfase ao uso de betabloqueadores e mais ênfase aos benefícios potenciais dos inibidores da HMG-CoA redutase, ou estatinas, à medida que surgiram estudos relatando reduções na fibrilação atrial perioperatória, comprometimento da função renal e na taxa de crescimento de aneurismas da aorta abdominal. As diretrizes também enfatizam a importância da terapia antiplaquetária, mas não comentam sobre a cessação do tabagismo, intervenções que geralmente são subutilizadas. Esta revisão se concentrará em estratégias para redução de risco CV em pacientes de cirurgia vascular, tanto no período perioperatório quanto em longo prazo.