Murray C. Killingsworth
Objectivo: A alteração ultra-estrutural mais marcante associada à nefropatia diabética (Tipo 2) é o espessamento da membrana basal glomerular (MBG) em torno das alças capilares com correspondente espessamento da matriz mesangial. A espessura normal do GBM é de 250 a 350 nm, enquanto que na diabetes esta dimensão pode aumentar para 600 a 1.000 nm. À medida que a função capilar glomerular diminui progressivamente, pequenas alterações estruturais no citoplasma das células endoteliais (CE), espessamento da matriz mesangial e fecho luminal capilar acabam por dar origem ao característico nódulo de Kimmelstiel-Wilson. O objetivo do presente estudo é determinar se a visualização de alterações precoces na ultraestrutura da CE, biomarcadores e alterações na membrana basal por representações 3D correlativas pode fornecer informações melhoradas sobre a patogénese da nefropatia diabética.
Métodos: As abordagens de microscopia ótica e eletrónica correlativa (CLEM) permitem a imunolocalização simultânea de biomarcadores bioquímicos específicos com o contexto ultraestrutural correspondente. Ao produzir secções de matriz em série, estes dados sinérgicos podem ser renderizados em 3D para obter informações sem precedentes sobre os mecanismos e processos das doenças.
Resultados: O presente trabalho ilustra a marcação imunológica das estruturas glomerulares e a coloração da membrana basal utilizando um novo reagente DAPI seguido de imagens de fluorescência. Estes dados podem então ser visualizados em 3D ou utilizados para sobreposição em mapas ultraestruturais para obter informações contextuais melhoradas.
Conclusão: Ao visualizar estas alterações em 3D é mais facilmente possível estabelecer se uma lesão é focal ou global e estadiar com mais precisão o processo da doença