Beibei Wu, Daishi Chen e Shoulong Hu
A regeneração dos tecidos oculares para a cicatrização das feridas exigiu muitos processos complexos como a migração, mitose e diferenciação das células epiteliais e dos fibroblastos estromais. Atualmente, o transplante de córnea é o tratamento mais comum para qualquer dano nestas camadas; no entanto, este procedimento está associado a um maior risco de rejeição do transplante e é limitado pela disponibilidade de tecido do dador. A fim de desenvolver tratamentos mais robustos para os danos na córnea, a investigação crescente tem-se concentrado nas células estaminais da córnea. Nos últimos anos, as células estaminais constituíram uma revolução terapêutica na regeneração de órgãos e tecidos danificados e na restauração da integridade e da função. Vários tipos de células estaminais foram investigados e aplicados em modelos experimentais e ensaios clínicos, incluindo células estaminais da medula óssea, células estaminais derivadas do tecido adiposo, células progenitoras endoteliais, fibroblastos dérmicos humanos e queratinócitos para cicatrização de feridas. As células estaminais do estroma da córnea mantêm um fenótipo corneano através de muitas duplicações populacionais e modulam a resposta imunitária do hospedeiro; assim, gerando construções estromais de bioengenharia na córnea. Pesquisas anteriores abordaram os impactos positivos das células estaminais do estroma da córnea na reparação de danos na córnea, cicatrizes na córnea e cegueira, para além da utilidade na bioengenharia do tecido estromal. Nesta revisão, pretendemos abordar o progresso atual e as aplicações clínicas das células estaminais do estroma da córnea na cicatrização de feridas estromais.