Chuan Li, Satoshi Matsushita, Zhengqing Li, Jianjun Guan e Atsushi Amano
Objectivo: Espera-se que as células estaminais cardíacas residentes sejam uma opção terapêutica para os doentes que sofrem de insuficiência cardíaca grave. No entanto, permanece a incerteza sobre se a classificação das células para o c-kit, um marcador de células estaminais, melhora os resultados terapêuticos.
Materiais e métodos: As células de crescimento cardíaco cultivadas a partir de explantes de átrios cardíacos de ratos foram classificadas de acordo com a sua positividade (+) ou negatividade (-) para c-kit. Estas células foram expostas à hipoxia durante 3 dias e posteriormente colhidas para medição da expressão de ARNm. O meio celular foi também recolhido para avaliar a secreção de citocinas. Para testar um benefício funcional em animais, foi induzido enfarte do miocárdio (EM) em ratos e foram injectadas células c-kit+ ou c-kit-. A fração de ejeção do ventrículo esquerdo (FEVE) foi medida até 4 semanas, após o que o coração foi colhido para análises biológicas e histológicas.
Resultados e conclusão: A expressão dos genes relacionados com a angiogénese, VEGF e ANGPTL2, foi significativamente maior nas células c-kit + após 3 dias de cultura hipóxica, embora não tenhamos encontrado tal diferença antes da hipoxia. A secreção de VEGF e ANGPTL2 foi maior no grupo c-kit+ do que no grupo c-kit-, enquanto a hipoxia tendeu a aumentar a expressão de citocinas em ambos os grupos. Além disso, o IGF-1 foi significativamente aumentado no grupo c-kit +, consistente com a expressão relativamente baixa de caspase 3 clivada revelada pelo ensaio de western blot, e a contagem relativamente baixa de células apoptóticas revelada pela análise histoquímica. A administração de células c-kit+ no coração com IM melhorou a FEVE e aumentou a neovascularização. Estes resultados indicam que as células c-kit+ podem ser úteis na terapia com células estaminais cardíacas.