Daniel Skuk e Jacques P. Tremblay
Alguns relatos atribuem aos pericitos e a outras células perivasculares (PCs), independentemente da sua origem, propriedades ideais para a terapia celular em miologia. A retina é um tecido ideal para a obtenção de pericitos e um estudo relatou que os PCs da retina de ratinhos eram miogénicos in vitro. Dada a importância dos primatas não humanos (NHPs) para a investigação translacional, comparámos a miogenicidade in vivo dos PCs retinais do NHP e dos mioblastos derivados de células satélite (SCDMs) por transplante em ratinhos imunodeficientes. Utilizámos um protocolo para cultivar pericitos retinais de grandes mamíferos com retinas de macaco. Por citometria de fluxo, 76%-78% das células cultivadas eram NG2+. Os SCDMs CD56+ de outro macaco foram proliferados in vitro. Ambos os músculos tibiais anteriores de 4 ratinhos SCID foram injetados com 1x106 células em solução salina (SCDMs nos músculos direitos e PCs nos músculos esquerdos), utilizando cardiotoxina para induzir a regeneração muscular. Foram amostrados 1 mês depois e analisados por histologia. Nos músculos enxertados com SCDM, os núcleos NHP eram abundantes, em grandes regiões com numerosas miofibras derivadas de NHP, e algumas delas eram Pax7+. Os músculos enxertados com PC não apresentaram regeneração muscular, possuem poucos núcleos NHP em pequenas regiões desprovidas de miofibras e não foram observadas miofibras NHP nem núcleos NHP Pax7 +. Portanto, os NHP SCDMs, mas não os PCs NG2 + retinais, regeneraram o músculo in vivo em ratinhos imunodeficientes.