Luca di Girolamo, Giacomo Trevisan, Marco V Resta, Rea Valaperta, Roberto Iorio, Gianluca Spinelli, Federica Ferrari, Fortunata Lombardi, Elena Costa e Marco Dei Poli
Contexto: A importância de conhecer o volume sanguíneo, em pacientes gravemente enfermos, colide com a dificuldade de ter sua medida direta por meio de um método seguro e econômico. O hidroxietilamido (HES) foi introduzido por Tschaikowsky como um marcador útil para o método de diluição, calculando a concentração de HES (HESC) em uma solução induzindo uma hidrólise in vitro de moléculas de amido em monômeros de glicose e dosando o consequente aumento do nível de glicose da solução (Δ GLICOSE). Objetivo: Este estudo desenvolve uma técnica laboratorial simples e barata que usa uma nova geração de 6% 130/0,4 hidroxietilamido como um possível "marcador de diluição" para a medição do volume sanguíneo do paciente, mantendo o protocolo de estudo de Tschaikowsky. O objetivo é redirecionar a atenção para um método interessante que pode abrir caminho para uma série de possibilidades em áreas críticas. Método: Nós projetamos um experimento in vitro de duas fases. Primeiramente, descobrimos a duração adequada do tratamento para garantir uma hidrólise completa das moléculas de amido. Em segundo lugar, objetivamos a obtenção de uma constante unívoca de proporcionalidade (K) entre Δ GLICOSE e concentração de HES. HESC será expressa como HESV/PV (μl/mL), onde HESV representa o volume de HES e PV o volume de plasma. Os volumes de plasma foram calculados como BV*(1-Ht). Resultados: K foi planejado por meio de uma análise de regressão linear entre HESV/PV e Δ GLICOSE em 133 amostras validadas coletadas de 30 voluntários saudáveis. Os valores de hematócrito obtidos variaram entre 39,9 e 48 (média ± IC 95%=42,62 ± 2,93). Isso correspondeu a HESC variando de 0,033 a 0,038 HES (mL)/PV (mL) (média ± IC 95%=0,035 ± 0,002). Enquanto os tempos de hidrólise aumentam, os valores de glicose tendem a aumentar até atingirem um platô estável. Durante a segunda fase, manipulamos um total de 720 espécimes. O hematócrito das amostras coletadas variou de 33,9 a 49 (média ± IC 95% = 41,3 ± 1,21). HESC variou entre 0,015 e 0,089 mL HES/mL PV (média ± IC 95% = 0,037 ± 0,003). A análise de regressão mostrou que HESC é igual a 0,592 vezes Δ GLICOSE (R2 = 0,947). Conclusão: Este estudo pode ser o primeiro passo na reintrodução de amidos no tratamento clínico de pacientes críticos, não apenas como agentes terapêuticos para ressuscitação volêmica, mas também como marcadores úteis no diagnóstico de distúrbios hemodinâmicos, melhorando as estratégias de terapia de fluidos e sangue.