Baguilane Douaguibe, Koffi Akpadza, Bingo Kignomon M'bortche, Tina Ayoko Ketevi, Francis Baramna-Bagou, Komi Migbegna, Akila Bassowa, Dede Ajavon, Abdoul Samadou Aboubakari
Este foi um estudo transversal e descritivo realizado de 2 de janeiro a 30 de março de 2019 no município de Hihéatro, no Togo. Foram incluídas no estudo mulheres que deram à luz pelo menos uma vez em casa e que aceitaram se submeter à pesquisa. Os dados foram coletados, usando uma folha de pesquisa pré-planejada e pré-testada, por uma equipe de quatro entrevistadores treinados sob a responsabilidade de um supervisor. As entrevistas foram realizadas nas casas dos entrevistados após a obtenção de seu consentimento informado.
Os parâmetros estudados foram o número de partos em casa, características sociodemográficas e motivos para partos em casa e prognóstico materno-fetal. 411 mulheres deram à luz em casa no município. O número médio de partos em casa por mulher foi de 2 com extremos de 1 e 7 partos por mulher. A idade média das mulheres foi de 28,4 anos com extremos de 15 e 38 anos.
A faixa etária de 25 a 34 anos representa 67,1% dos casos. A paridade média das pacientes foi de 2. As multíparas representam 59,8% dos casos. Os principais motivos para partos em casa apontados pelas entrevistadas foram a insuficiência de meios financeiros em 36% dos casos e a falta de meios de transporte em 28% dos casos. A morbidade materna é marcada por 14,1% de laceração perineal, 1,6% de histerectomia. Foram registrados 411 recém-nascidos. Destes recém-nascidos, 4,4% nasceram mortos e 8,8% não choraram ao nascer. Assistência obstétrica gratuita e maior conscientização sobre a importância dos partos assistidos melhorarão o prognóstico materno-fetal.