Gilles J. Rivière, Ching-Ming Yeh, Christine V. Reynolds, Laurence Brookman e Guenther Kaiser
Objetivo: Determinar a comparabilidade farmacocinética (PK) e farmacodinâmica (PD) de uma nova solução injetável (solução) e da formulação de referência em pó liofilizado (pó) de omalizumabe. Métodos: Neste estudo aberto, de grupos paralelos, indivíduos atópicos adultos (imunoglobulina [Ig] E sérica 30−300 UI/ml; peso corporal, 40−90 kg) receberam uma dose subcutânea única (150 ou 300 mg) de solução ou pó de omalizumabe. As concentrações séricas de omalizumabe total, IgE livre e total e a segurança foram determinadas até 84 dias após a dose. A bioequivalência foi examinada para parâmetros normalizados por dose de omalizumabe no soro: concentração máxima (Cmax), área sob a curva concentração-tempo até a última concentração quantificável (AUC0-tlast) e até o infinito (AUC0-inf). A bioequivalência foi concluída se o intervalo de confiança (IC) de 90% da razão entre as médias geométricas da solução e do pó estivesse totalmente contido em 0,8–1,25. Resultados: 155 indivíduos foram randomizados e dosados (62,6% mulheres; idade média, 34,7 anos). A exposição sistêmica ao omalizumabe foi semelhante para as duas formulações em ambas as doses. A bioequivalência farmacocinética foi demonstrada (n = 153): C max, razão das médias geométricas: 1,01 (IC de 90%: 0,95–1,08); AUC 0-tlast, 0,98 (0,92–1,05); AUC 0-inf, 0,98 (0,91–1,05). Meia-vida média de eliminação do omalizumabe: 22,1 dias para solução; 22,9 dias para pó. Os parâmetros de PD (n = 154) de IgE livre e total no soro foram comparáveis entre as formulações; cada um produziu uma redução de 95% na triagem de IgE livre. Eventos adversos (EAs) mais comuns: dor de cabeça (23,9%), congestão sinusal (8,4%). Nenhum EA sério foi relatado. Conclusões: A nova formulação de solução de omalizumabe pronta para uso é bioequivalente à formulação de pó liofilizado de referência.