Elaine Cristina Bucioli, Adriano Uemura Faria, Sandra Mara Martins-Franchetti, Lusiane Malafatti Picca, Derlene Attili-Angelis
A utilização de plásticos sintéticos gera impactos ambientais devido à sua baixa biodegradabilidade e deposição inadequada. Uma das alternativas para minimizar este problema é a utilização de polímeros biodegradáveis e/ou a produção de blendas com características industriais e ecologicamente corretas desejadas. A biodegradação das misturas PHBV (Poli (Hidroxibutirato-co-Hidroxivalerato)), LDPE (Polietileno de Baixa Densidade) e LDPE/PHBV (70/30) em coluna de solo foi avaliada por Microscopia Eletrónica de Varrimento (MEV), Infravermelho por Transformada de Fourier (FTIR) e perda de massa. Através da MEV foi possível observar alterações micromorfológicas na superfície do PHBV e das blendas, de acordo com a variação da perda de massa. As amostras de PHBV apresentaram uma redução de 43,9% e a blenda teve uma redução de 15,7%, durante o seu processo de biodegradação. A análise FTIR revelou que a cristalinidade dos materiais poliméricos se alterou, sugerindo a biodegradação destes filmes. As amostras de solo foram caracterizadas pela determinação do pH, matéria orgânica (%), humidade (%) e UFC da comunidade microbiana. A blenda mostrou-se suscetível à atividade microbiana do solo, com alterações significativas na sua micromorfologia. A relação 70/30 utilizada (PEBD/PHBV) apresentou suscetibilidade aos microrganismos do solo, favorecendo o aumento da sua comunidade microbiana. A utilização de blendas poliméricas favorece também a redução da quantidade de polímeros presentes no meio ambiente, uma vez que alguns deles são biodegradáveis.