Mengistu Hailemariam*, Tsegaye Alemayehu, Asnakech Agegnehu, Mulubrhan Ali, Enkosilassie Mitiku, Elshaday Azerefegne
Contexto: Infecções da corrente sanguínea em crianças, principalmente devido a patógenos resistentes, são consideradas um risco maior de mortalidade hospitalar em países de baixa e média renda. Este estudo pretendia avaliar o perfil bacteriano e a resistência a medicamentos de isolados de infecção da corrente sanguínea entre crianças menores de 5 anos no sul da Etiópia.
Métodos: Dados registrados retrospectivamente em laboratório foram recuperados para avaliar os isolados bacterianos e as taxas de resistência a antibióticos no Hospital Especializado Abrangente da Universidade Hawassa.
Resultados: Das 323 hemoculturas realizadas, 116 (35,9%) foram positivas para potencial BSI bacteriana. A positividade da hemocultura diminui com a idade, portanto, a infecção da corrente sanguínea em neonatos foi maior do que em outras faixas etárias (OR, 3; IC de 95% 1,5–5,1; p=0,001). O principal isolado gram-positivo CoNS e S. aureus mostraram o maior nível de resistência à penicilina 61,3% e tetraciclina 78,8%, enquanto menor nível de resistência foi relatado para Meropenem 6,4%, Ceftriaxona 13% e doxiciclina 13%. Embora a maioria dos isolados gram-negativos tenha sido resistente aos antibióticos testados, K. pneumoniae mostrou menor resistência à cefotaxima e ao cloranfenicol.
Conclusão: Um alto nível de infecção da corrente sanguínea acompanhado por isolados altamente resistentes a medicamentos foi relatado. A grande carga em neonatos do que outras crianças foi relatada. Como resultado, para reduzir a carga, os administradores do hospital precisam de instalações com programas eficazes de prevenção e controle de infecções, práticas eficazes de higiene e ambiente com bom funcionamento, juntamente com a educação do paciente sobre práticas adequadas de higiene.