Salem Alsuwaidan*, Abdullah M Al Ruqaib, Abdulrahman A Al Ghamdi, Abdulaziz Al Jamaan, Majd M Abdulmowla, Fahad F Al Deaji
Objectivos: A utilização de inibidores do SGLT2 durante o Ramadão pode ser insegura (risco de cetoacidose, hipotensão postural e desidratação), especificamente durante longas horas de jejum do Ramadão em climas quentes. O objetivo deste estudo foi determinar os principais fatores de risco associados ao aumento da ocorrência de CAD durante o Ramadão entre os doentes que tomam inibidores do SGLT2 e avaliar o risco de CAD durante o Ramadão.
Métodos: Este estudo diagnóstico retrospetivo avaliou o papel dos inibidores do SGLT2 em 99 doentes (50 homens e 49 mulheres) com diabetes mellitus declarada tratados com empagliflozina e seguidos em clínicas de diabetes. As principais variáveis foram:
1.º Dados demográficos (idade e sexo).
2.º Número de dias de descanso durante o jejum do Ramadão.
3.º Comorbidades associadas à diabetes.
4.º Sinais e sintomas de CAD.
A maioria dos doentes (61 indivíduos) tinha um historial de diabetes de 6 a 10 anos e 93 doentes continuaram o seguimento regular. Cerca de 93% dos doentes estavam habituados ao jejum do Ramadão, enquanto apenas cinco doentes não jejuavam no Ramadão.
Resultados: Trinta e um doentes em jejum quebraram o jejum durante o Ramadão durante 1 a 5 dias, e apenas dois doentes o fizeram durante mais de 6 dias. Os doentes apresentavam complicações conhecidas da diabetes mellitus, como hipertensão, dislipidemia, doenças cardiovasculares e outras doenças associadas. Nenhum dos participantes apresentou sinais e sintomas de cetoacidose diabética.
Conclusões: Os inibidores do SGLT2 são considerados um agente antidiabético eficaz que pode ser utilizado com segurança em doentes com diabetes que estão em jejum no Ramadão.