Maia Gonçalves A, Costa S, Morais J, Dias R, Bernardo S
A demência é um desafio ético e clínico cada vez mais relevante e recorrente na medicina contemporânea. O presente
estudo teve como objetivo avaliar se a admissão destes doentes em unidades de cuidados intensivos (UCI) deve ser considerada ou
excluída. Foi pedido aos médicos (internistas, intensivistas e neurologistas) que respondessem a esta questão e também que ordenassem os
critérios que consideravam mais relevantes na recusa de admissão numa UCI.
Para a maioria dos médicos, a demência por si só não impede a admissão na UCI. A reserva funcional e o grau de incapacidade
foram os fatores mais importantes, seguidos pelo défice cognitivo e pelas comorbilidades. As expectativas familiares e a idade
foram as variáveis menos importantes na consideração da admissão.