Takai MG e Aghukwa Nkereuwem Chikaodiri
Objectivo: Fornecer informação aos doentes e às suas relações sobre a doença tem uma vantagem comprovada para sustentar uma melhoria da saúde mental dos doentes. Este estudo teve como objetivo saber se os doentes que frequentavam os serviços de saúde mental de um hospital terciário na Nigéria recebiam psicoeducação durante as consultas clínicas formais. Método: Estudo descritivo transversal que entrevistou aleatoriamente 336 doentes e seus familiares que utilizam o Ambulatório de Especialidades do hospital. Um questionário pré-testado aplicado por um entrevistador foi elaborado para este estudo para saber se, durante as consultas clínicas, os entrevistados receberam informações básicas sobre a doença, o tratamento medicamentoso e como lidar com o stress e o estigma que acompanham a doença mental. Resultado: A perturbação de esquizofrenia foi a doença predominante entre os inquiridos e apesar de uma média de cerca de 7 anos de comparência aos exames de rotina na clínica, a maioria deles não recebeu informação sobre as questões básicas sobre a doença. A maioria dos inquiridos não foi informada como e o que as drogas fazem. Apesar de mais de metade deles terem sido informados dos nomes e de como utilizar os seus medicamentos, a maioria não foi informada sobre os prováveis efeitos secundários dos medicamentos. Mais de noventa por cento dos inquiridos não foram informados sobre como lidar com o stress e como lidar com o estigma associado à doença. Conclusão: Os dados sugerem que os doentes e os seus familiares não recebem intervenções psicoeducativas suficientes durante as visitas clínicas de rotina.