Sparkes AH, Tasker S, Thibault JC e Poulet H
Objetivo
A infecção pelo vírus da leucemia felina (FeLV) é uma das principais doenças infecciosas dos gatos, mas sua prevalência diminuiu como resultado do manejo de animais infectados e da vacinação. A eficácia das vacinas é testada em experimentos de vacinação/desafio que infelizmente são pouco representativos das condições naturais da infecção e podem, em alguns casos, levar a conclusões tendenciosas. Para superar essa limitação dos estudos de eficácia tradicionais, testamos a eficácia de uma vacina recombinante não adjuvantada canarypox-FeLV em um modelo de desafio de contato natural e a comparamos a uma vacina comercialmente disponível com adjuvante.
Métodos
Gatos controle vacinados e não vacinados foram misturados com gatos persistentemente virêmicos e mantidos em contato próximo por mais de 6 meses. Os gatos foram testados regularmente para antigenemia e viremia p27. Os gatos que foram considerados positivos para antigenemia ou viremia p27 nas últimas três amostras de sangue foram considerados persistentemente virêmicos.
Resultados
Este desafio de contato resultou em uma alta taxa de viremia persistente em gatos controle (78%). A vacinação protegeu eficientemente os gatos contra a viremia persistente com frações preveníveis de 79% para a vacina com vetor de canarypox e 68% para a vacina comercial adjuvantada.
Conclusão
O modelo de desafio de contato natural provou ser um método potente para reproduzir o desafio do FeLV, confirmando que, sob condições apropriadas, o FeLV é transmitido eficientemente. Apesar da gravidade do desafio, ambas as vacinas forneceram uma proteção forte e sustentada contra a viremia persistente ao longo de um período de contato de 6 meses. Este estudo confirmou a eficácia de uma vacina de FeLV com vetor de canarypox não adjuvantada contra um desafio de contato imitando as condições naturais da infecção.